5ª edição do Grand Magal reúne comunidade senegalesa em Santa Maria

Mesmo longe de casa, a comunidade senegalesa continua cultivando suas tradições e divulgando para mais pessoas. Nesta quinta-feira, a 5ª edição do Grand Magal ocorreu no Centro De Referência De Economia Solidária Dom Ivo Lorscheiter, e contou com público de cerca de 200 pessoas.

O evento é uma festividade religiosa da cidade de Touba, no Senegal, mas que também é realizada nos países que abrigam imigrantes senegaleses. Conforme Mohamed Fallou Fall, um dos participantes, que veio de Cachoeira do Sul, a população senegalesa é de religião islâmica:

– No Grand Magal nós lemos o Alcorão e as khassidas (poesias). É um dia de oração e agradecimento coletivo.

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A festividade foi aberta ao público e um almoço foi servido. O cardápio foi elaborado pelos senegaleses, cerca de 10, e servido para todos os presentes. A refeição contou com arroz e carne de ovelha (comida típica senegalesa), churrasco, e saladas. O projeto Esperança/Cooesperança cedeu o espaço para a realização do evento.

– Somos parceiros deles, e nossos voluntários ajudaram a organizar o espaço. Nosso projeto tem esse objetivo de inclusão social, e os imigrantes fazem parte de um dos planos, assim como já fizemos integrações com indígenas – disse o coordenador José Carlos Peranconi.

Ligado a assistência para migrantes, o Grupo de Pesquisa, Ensino e Extensão Direitos Humanos e Mobilidade Humana Internacional (MIGRAIDH), da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), esteve presente. Giuliana Redin, coordenadora do grupo de pesquisa, explica como é o suporte oferecido:

– Damos apoio e atenção integral ao migrante refugiado. Prestamos ajudas psicológicas, na assessoria jurídica documental, e no sentido da integração com a população, seja por meio da inserção laboral ou de atividades culturais.

Origem

O Grand Magal é uma festa religiosa e cultural que simboliza a memória ao líder religioso do Mouridismo, Cheikh Ahmadou Bamba, que se exilou em um ato de resistência espiritual e política ao Império Francês, ainda no século 19. O dia de celebração é considerado o mais importante para a confraria islâmica do Mouridismo, vertente com bastante representação entre os senegaleses.

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